Nas últimas semanas estive pensando sobre a igreja e a evolução da liturgia e das práticas litúrgicas, principalmente na história da igreja romana, observando mais a fundo o funcionamento dos Ofícios e das Missas (e seus desdobramentos).
Minha principal observação é a vontade da igreja organizada em fazer valer por decreto, ou orientação da vida cotidiana, toda a escritura. Organiza-se o dia em vigílias de oração e devoção em que o pensamento de cada fiel fique constantemente voltado para a Divindade. Isso tudo é muito precioso. Consegue-se ver o desejo sincero de direcionar a vida em direção à Deus. Não é necessário dizer em que isso se transformou, e como está agora nos nossos dias.
O proposta é boa e não deveria morrer na mera repetição diária, ou semanal. A prática Católica é pra ser vivida, não como obediência pura, e sim como vida Cristã na prática. Viver a vida cotidiana como está na Bíblia, direcionada para Deus e de maneira constante. Buscar essa realidade de maneira concreta torna-se um exercício diário. Logo, o exercício de obedecer a prática Católica talvez seja uma maneira de internaliza-la.
Ficamos em um jogo sem saída fácil. Rejeitar práticas espirituais é algo que não deve ser feito com muita rapidez. Ao mesmo tempo que a própria busca em ser uma pessoa, cujo o exercício quer formar, nem sempre se consegue apenas com a vontade consciente. O equilíbrio entre o entendimento do que devemos ser e como chegar lá é uma solução possível.
Caminho estreito, porta estreita... enxergue como quiser. A realidade do Reino de Deus neste mundo deve ser algo que brote de dentro e flua constantemente para a eternidade. Isso é algo muito interno e intimo da relação de cada criatura com seu criador. Ele, Deus, é quem sabe como agir com cada um dos seus filhos. E estes filhos devem manter um relacionamento tal com Ele, de modo que possam viver por Ele, pra Ele, com Ele. Assim, naturalmente, tudo o que por sacrifício e vontade própria não se atingia, surge como um fruto nasce: consequência da natureza intrínseca do ser.
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